Arte e Poder
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A participação do urbanismo mesoamericano na cidade moderna ocidental a partir da Praça Maior da Cidade do México

A cidade de México-Tenochtitlan, sobre a qual foi edificada a Cidade do México, era uma das maiores cidades do mundo à época da chegada dos castelhanos. A organização de sua área central e os elementos arquitetônicos ali instalados demonstravam a continuidade do urbanismo mesoamericano e sua cosmologia, bem como apresentavam inovações do povo mexica que ali se instalou no início do século XIV. A partir da análise da formação da área central da Cidade do México colonial no século XVI, que se configurou ao redor da grande praça, a Praça Maior, verificam-se permanências da antiga cidade mexica e indica-se que esse local transcultural criou uma visualidade de espaço de poder monumental inexistente nas cidades do território que se conhece atualmente como Europa, especialmente em relação à monumentalidade de sua praça central.

Esta pesquisa apresenta, portanto, a colaboração mesoamericana na formação do centro de poder urbano do que se convencionou chamar de Ocidente a partir da formação da área central da Cidade do México colonial no século XVI. Desta forma, além de inserir a cultura ameríndia na história da arte e da cidade ocidentais, procura-se apontar o impacto da experiência mexicana além-mar, questionando a historiografia de matriz eurocêntrica que apagava os saberes e fazeres dos povos originários da América.

A Praça Maior da Cidade do México, atualmente denominada Plaza de la Constitución, popularmente conhecida como Zócalo, é um lugar crucial para entender a constituição visual do espaço de poder na cidade Ocidental a partir da perspectiva da América Latina e seus povos nativos.

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